segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Jesus oferece a chave para superar as dificuldades, diz Papa Francisco

No Angelus deste domingo, 23/08, o Papa Francisco refletiu sobre a leitura do sexto capítulo do Evangelho de João, com o discurso sobre o “Pão da vida”.
Neste domingo, 23/08, dirigindo-se aos milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, o Papa Francisco comentou o Evangelho deste XXI domingo do tempo comum. O Pontífice disse que hoje se conclui a leitura do sexto capítulo do Evangelho de João, com o discurso sobre o “Pão da vida”.
O Papa sublinha que no fim desse discurso, o grande entusiasmo do dia anterior se apagou, porque Jesus tinha dito ser o Pão que desceu do céu, e que ele daria a sua carne como alimento e seu sangue como bebida, aludindo assim claramente ao sacrifício da sua própria vida. E acrescentou:
“Estas palavras provocaram decepção no povo, que as julgou indignas para um Messias, palavras não “vencedoras”. E assim, alguns observavam Jesus como um Messias que devia falar e agir de modo que a sua missão tivesse sucesso. Mas com relação a isso eles se enganaram, no modo de entender a missão do Messias."
Francisco prosseguiu dizendo que até mesmo os discípulos não conseguiram aceitar aquela linguagem inquietadora do Mestre e mostraram o seu desconforto com as palavras.
“Este discurso é duro, quem o pode escutar? Mas na verdade, eles tinham entendido bem o discurso de Jesus, tão bem que não queriam escutá-lo, porque é um discurso que põe em crise a sua mentalidade.”
Chave composta por três elementos - Mas só Jesus oferece a chave para superar as dificuldades, uma chave composta por três elementos: “Primeiro, a sua origem divina. Ele desceu do céu e subirá para onde estava antes; segundo, as suas palavras só podem ser compreendidas através da ação do Espírito Santo, Aquele que dá a vida; terceiro, a verdadeira causa da incompreensão das suas palavras é a falta de fé entre vocês e alguns que não acreditam”.
De fato, a partir daquele momento, muitos dos seus discípulos haviam desistido e perante estas deserções, Jesus não poupa e nem atenua as suas palavras, ao contrário, obriga a fazer uma escolha precisa: ou estar com Ele ou separar-se d’Ele, e diz aos Doze: “Também vós quereis ir embora?”.
E é então quando São Pedro faz a sua confissão de fé em nome dos outros Apóstolos: “Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna”.
O Papa explica que São Pedro não diz “onde iremos?”, mas sim “a quem iremos?”, porque o problema básico não é ir e deixar a obra iniciada, mas é a quem ir. Daquela interrogação de Pedro, entendemos que a fidelidade a Deus é uma questão de fidelidade a uma pessoa, e esta pessoa é Jesus.
“Tudo o que temos no mundo não satisfaz a nossa fome de infinito. Precisamos de Jesus, de estar com Ele, de nos alimentar à sua mesa, das suas palavras de vida eterna. Crer em Jesus significa fazer d’Ele o centro, o sentido da nossa vida. Cristo não é um acessório opcional, Ele é o pão vivo, o alimento essencial.”
O Santo Padre pediu a cada um dos presentes um momento de silêncio para se interrogar: “quem é Jesus para mim?”.
Ao concluir, o Papa pede para que a Virgem Maria “ajude-nos a ir sempre a Jesus para experimentar a liberdade que ele nos oferece, e que nos permita limpar nossas escolhas das sujeiras mundanas e dos medos”.
São Pio X - A memória liturgia de São Pio X foi celebrada de uma maneira especial, nesta sexta-feira, 21/08, no Vaticano. Na missa das 7 horas, celebrada no altar de São Pio X na Basílica vaticana pelo Monsenhor Lucio Bonora, da terra do santo italiano e que trabalha na Secretaria de Estado, de fato, havia um fiel especial sentado entre os bancos: Papa Francisco.
O Santo Padre já estava em oração diante do altar de São Pio X desde cedo e, quando teve início a Missa, ficou e participou dela, recebendo o abraço da paz e a comunhão das mãos do padre Lucio, colocando-se na fila dos fiéis que receberam a Eucaristia.
No final da celebração, Monsenhor Lucio convidou os presentes que estavam ali em grande número na capela, a entregar nas mãos de São Pio X todas as necessidades de suas famílias e da Igreja e, em particular, a pessoa de seu sucessor Papa Francisco. Uma bonita surpresa e um presente especial para o celebrante e os fiéis.
O próprio Santo Padre, no final da celebração, disse ao Monsenhor Lucio que rezou de maneira especial pelos catequistas. Na Argentina, São Pio X, o “Papa do catecismo”, é o padroeiro dos catequistas e quando Jorge Mário Bergoglio era arcebispo de Buenos Aires, no dia da memória litúrgica de São Pio X, fazia questão de se encontrar com os catequistas de sua Diocese.
No final da celebração Monsenhor Lucio agradeceu ao Papa, que lhe disse: “Vim só para rezar diante dos restos mortais de Pio X, porque já tinha celebrado a Missa bem cedinho, mas depois que vi que vinhas celebrar a este altar, então fiquei”.

(Da Redação Canção Nova, com Rádio Vaticano)

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