segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Homilia: Como São Bartolomeu, sejamos autênticos em nossas ações

Devemos ser verdadeiros diante dos homens e diante de Deus. “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade” (João 1, 47).
A Igreja nos dá hoje a alegria de celebrarmos São Bartolomeu, apóstolo de Jesus. Bartolomeu foi um dos primeiros discípulos de Jesus, natural de Caná da Galileia, o local onde Jesus fez o primeiro milagre. Ele foi chamado por Jesus de “Natanael”, aquele que é um dom de Deus.
Hoje nós queremos, a partir do Evangelho, olhar a afirmação que Jesus fez a respeito de Natanael. Jesus mesmo comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade” (João 1, 47). Veja que coisa maravilhosa! Jesus conhecia o coração de Natanael e sabia o quanto ele era autêntico seja ao questioná-Lo, seja ao fazer-Lhe perguntas, por isso o Senhor diz que nele não havia falsidade.
Amados irmãos e irmãs, no dia de hoje, queremos olhar para São Bartolomeu, esse apóstolo do Senhor, e pedir a Deus essa graça também! O quanto o mundo de hoje precisa de autenticidade! O quanto o mundo precisa de pessoas autênticas! O quanto o mundo necessita que eu e você sejamos pessoas verdadeiras!
Não podemos viver de aparências, de hipocrisias, não podemos ter duas caras! Não podemos ter uma palavra aqui e outra acolá. Precisamos ser verdadeiros e a Palavra de Deus, pouco a pouco, vai realizando essa obra de depuração em nossa vida: de retirar de nós as marcas do pecado, sobretudo, as que alojaram dentro de nós sentimentos hipócritas. Nós, muitas vezes, vivemos para agradar aos outros, aqui nós falamos uma coisa, acolá falamos outra coisa; em outro lugar nos comportamos de outro modo.
Há em nós certa tendência a viver a hipocrisia e, às vezes, a falsidade. Muitas vezes, nem percebemos isso, porque queremos ser agradáveis, queremos fazer o jogo desse ou daquele, porque estamos acostumados a viver uma vida de aparências.
Hoje queremos olhar para este dom de Deus, que é Natanael, e pedir ao Senhor a graça da autenticidade. Para ser discípulo de Jesus podemos ter fraquezas e não podemos escondê-las; pelo contrário, precisamos assumi-las, tomar consciência da fragilidade que somos e não nos esconder debaixo de falsas virtudes; porque virtudes falsas não são virtudes.
E ao assumirmos nossas fraquezas, pouco a pouco, o Senhor vai nos purificando. Só não podemos deixar de ser autênticos no que falamos, naquilo que vivemos, em reconhecer nossas fraquezas e nossos limites; assim, a graça de Deus virá em nosso socorro!
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

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