O Papa Francisco recebeu neste sábado, 30, na Sala
Clementina, cerca de 400 participantes de um encontro, promovido pela
Associação Ciência e Vida. O evento discute o tema “Que tipo de ciência para
qual tipo de vida” e celebra os dez anos de atividades da organização.
Em sua saudação aos presentes, o Papa disse,
inicialmente, que esta associação “presta um serviço importante e encorajador
em prol da pessoa humana”. E que para tutelar a pessoa, é preciso, colocar ao
centro das atividades dois aspectos: sair para encontrar e encontrar para
sustentar. “Trata-se de um dinamismo que vai do centro para as periferias: o
centro é Cristo e dele partem as diversas ações, que vão ao encontro da vida
humana”, disse.
“O amor de Cristo nos impele a tornar-nos
servidores dos pequenos e idosos, de cada homem e mulher, dos quais devem ser
tutelados o direito primordial à vida. A existência da pessoa humana, à qual
vocês dedicam a sua solicitude, é o princípio constitutivo da sua Associação: a
vida, na sua imperscrutável profundidade, cria e acompanha todo o caminho
científico. Eis o milagre da vida, que coloca em crise a presunção científica,
restituindo-lhe beleza e maravilha”, destacou.
Francisco convidou os membros da Associação
“Ciência e Vida” a manterem o olhar na sacralidade de cada pessoa, para que a
ciência esteja realmente a serviço do homem e não homem a serviço da ciência.
“Portanto, reconhecendo o valor inestimável da vida
humana, devemos refletir também sobre o uso que fazemos dela. A vida é, antes
de tudo, um dom. Esta é uma realidade que pode gerar esperança e futuro se for
vivificada por elos fecundos, pro relações familiares e sociais, que abrem a
novas perspectivas”.
O Papa ainda exortou a não esquecer todos os
atentados contra a sacralidade da vida: o aborto, a exclusão dos mais
necessitados, a morte no trabalho, a morte por desnutrição, o terrorismo, a
guerra, a violência, a eutanásia.
Ao se despedir dos numerosos presentes na Sala
Clementina, Francisco os convidou a “cultivar e respeitar a dignidade
transcendente do homem”, como também a relançar “uma renovada cultura da vida”,
que saiba oferecer horizontes de paz, de misericórdia, de comunhão e de diálogo
profundo com o mundo da ciência.
O Santo Padre recebeu também na manhã deste sábado,
30, o Prefeito da Congregação para os Bispos, cardeal Marc Ouellet, e o
arcebispo de Trujillo, no Peru, dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte.
Da redação da Canção Nova, com Rádio Vaticano
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