O coração de Jesus, suplicante, numa prece ardente, dirige-se ao coração do Pai pedindo por todos os crentes de todos os tempos, de todas as gerações, em toda a face da Terra. Por todos aqueles que creem e hão de crer no nome d’Ele e que levam a vida em Seu nome. Tudo o que Jesus pede é por nossa unidade, é por nossa união e por nossa comunhão!
Nada entristece mais o coração de um pai do que ver seus filhos divididos, que não se relacionam, não se falam, nem se entendem. Da mesma forma, nada entristece mais o coração de nosso Deus do que a nossa incapacidade de fazer a comunhão e a unidade acontecer.
Isso acontece nas coisas mais simples do cotidiano de nossa vida. Os nossos grupos são divididos; nos grupos e ministérios da Igreja há lutas, há brigas, há separações e pessoas se achando melhores que outras. Às vezes, as divisões acontecem em nossas casas, em nossas famílias; mas há uma divisão muito mais escandalosa: a divisão em que vivem os cristãos por toda a face da Terra. Não é só o número crescente de igrejas e de denominações diferentes que escandalizam o mundo e o coração do Pai, mas é a maneira como nos portamos diante desta divisão, pois não somos capazes de construir comunhão, não somos capazes de fazer unidade, não somos capazes de orar juntos. Deixamos que a divisão cresça entre nós.
Como o Pai deseja que sejamos um! E o termo “um” não quer dizer tudo igual, tudo uniforme, tudo parecido, porque o Pai nos criou diferentes, com diversidades, nos criou homem e mulher, com a possibilidade de falarmos em várias línguas e termos culturas diferentes. Mas somos filhos de um único e mesmo Pai, cremos no mesmo Deus e Jesus Cristo é o Senhor de todos nós!
Sejamos, onde quer que estejamos, construtores da unidade! Que a oração de Jesus atinja o meu e o seu coração! É preciso trabalhar para destruir as barreiras, é preciso construir mais pontes. É preciso favorecer o diálogo, o respeito e a convivência fraterna entre aqueles que creem no nome de Jesus.
É importante não nos esquecermos de que, em nosso julgamento final, não vai ser a placa da nossa Igreja que vai nos salvar, mas sim o amor que manifestamos a Jesus e o amor que vivemos uns com os outros. O amor salva; contudo, as divisões e as separações não edificam o Corpo do Senhor!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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